CLARICE LISPECTOR TERÁ MUSEU NO RECIFE.
A jornalista e escritora ucraniana-pernambucana-carioca Clarice Lispector nasceu na vila de Tchetchélnik, Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, quando a família já estava viajando fugindo de perseguição aos judeus.
Clarice criança no Recife.
Clarice - a pequena no meio - em foto de infância com os pais e irmãs
Clarice veste luto pela morte de sua mãe Marieta em 1930. Praça do Derby no Recife.
Casarão onde viveu Clarice no bairro da Boa Vista.
Com um ano e três meses Clarice desembarca em Maceió com a família. Em 1925 a família se muda para o Recife, onde passa a morar na Praça Conde D’Eu, hoje Praça Maciel Pinheiro, no casarão de nº 387 no bairro da Boa Vista. A autora de “A hora da estrela” viveu toda a infância nesse casarão, antes de mudar-se para o Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1935, aos 14 anos.
Clarice passaria o resto da vida de escritora e jornalista no Rio de Janeiro e também no exterior, pois casa-se em janeiro de 1943 com o diplomata Maury Gurgel Valente.
Clarice com os filhos Pedro e Paulo no Rio de Janeiro.
Agora o casarão da Praça Maciel Pinheiro no Recife, de propriedade da Santa Casa da Misericórdia, será tombado e transformado em “Memorial Casa Lispector”. O memorial terá no térreo recepção, loja de souvenirs, dois espaços de exposições; no 1º andar instalações multimídia de contos de Clarice; no 2º andar sala de cinema, oficina de literatura e biblioteca.
Estátua de Clarice na Praça Maciel Pinheiro no Recife.
A idealizadora do espaço foi a cineasta Nicole Algranti, sobrinha neta de Clarice. A autora de “Perto do coração selvagem” foi a homenageada da Fliporto 2010, quando Beth Goulart deu um show em monólogo representando Clarice. Para quem quiser se aprofundar na vida e obra de Clarice Lispector recomendo a leitura de “Clarice: Fotobiografia”, de Nádias Gotlib, São Paulo: Editora USP, 2009, 2ª edição, 672 p., a venda nas boas livrarias
A atriz Beth Goulart na Fliporto 2010, perfeita de Clarice!
Cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco - Brasil.
Texto de Eduardo Cortes.