segunda-feira, 17 de março de 2014
DANIELA CAROLINA::COLEÇÃO OUTONO/INVERNO::25/03::BROOKLIN-SÃO PAULO-BRASIL.
DANIELA CAROLINA – Alto Padrão em couros exóticos.
O Brasil ganha, em 2014, uma nova referência em bolsas e acessórios de alto padrão. Com lançamento a ser realizado no dia 25 de março, a grife DANIELA CAROLINA chega ao mercado brasileiro apresentando um novo conceito com uso de couros exóticos. É uma iniciativa de forte apelo ecológico que valoriza matéria prima genuinamente brasileira.
Diferente do que já existe no mercado, a grife traz bolsas e acessórios de alto padrão em couro de peixes das espécies tilápia, salmão, pescada amarela e pirarucu, matéria prima antes descartada que gerava altos custos ambientais, mas que hoje integra o rol dos couros exóticos, junto ao couro de phyton, jacaré, rã e outros.
O couro de peixe é um material de excelente estética e qualidade: tem uma resistência maior que a do couro bovino, embora seja mais fino e macio. Material versátil, é inodoro e resiste ao ataque de microorganismos, com altíssima durabilidade. Além disso, dada suas características físicas peculiares, não possui similar sintético no mercado.
A grife DANIELA CAROLINA surgiu em 2012 e, após rigorosa pesquisa, lança este ano sua coleção baseada no couro peixes, perfeitamente harmonizados com couros de outras naturezas como avestruz, rã e o tradicional couro bovino, entre outros.
Uma preocupação constante durante todo o processo de pesquisa e criação foi a preservação ambiental. Para tanto, toda a cadeia produtiva segue rigoroso controle, incluindo a fabricação da matéria prima, empregando apenas pigmentos 100% vegetais.
A fabricação das peças prima pelo melhor aproveitamento do material, reduzindo a geração de qualquer resíduo, mesmo biodegradável. Esta iniciativa garante um produto ecologicamente correto, verdadeiramente brasileiro e de altíssimo padrão de acabamento, tornando-se uma nova opção entre as grifes que trazem sofisticação ao mundo da moda.
Vamos entender a importância do trabalho de Daniela Carolina.
Contaminação ambiental Peles de peixe.
O consumo de pescados no Brasil cresceu quase 24% nos últimos dois anos. Atualmente, são consumidas cerca de mil e quinhentas toneladas de peixe por ano em todo o país, considerando-se apenas dados oficiais. Isso representa menos de 50% do total pescado, pois todo o resto é subproduto da indústria pesqueira. Dentre esses subprodutos, está a pele.
Neste cenário, é importante destacar que o consumo sustentável deve vislumbrar o aproveitamento total do pescado, o que já vem ocorrendo com muitas partes. No entanto, o aproveitamento da pele ainda é incipiente, tornando este um importante fator a ser considerado quando se analisa o impacto ambiental da indústria pesqueira. A pele descartada se transforma em contaminação ambiental, atingindo o solo e as águas adjacentes às regiões de pesca e filetização. A título de ilustração, somente no Estado do Amazonas, são descartadas cerca de uma tonelada de couro de peixe por dia.
A principal saída para esta situação, segundo pesquisas realizadas por diversos institutos do país, com destaque para o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, é o curtimento das peles, para produção de bolsas, sapatos, cintos, carteiras e outros acessórios de moda, uma vez que tais produtos já encontram fértil mercado em países com França, Itália e Japão, onde peles exóticas caíram no gosto do consumidor. Infelizmente, empresas interessadas no beneficiamento do couro de peixe são poucas, pois a demanda ainda é muito pequena.
Neste contexto, a grife Daniela Carolina, após dois anos de pesquisas de mercado e matérias primas, lança, neste ano, sua primeira coleção de bolsas, carteiras e cintos confeccionados em couros de peixes brasileiros. É uma iniciativa que visa estimular o consumo de produtos de couro de peixe e, consequentemente gerar a demanda necessária para que este subproduto da indústria pesqueira, em franca expansão no Brasil, seja adequadamente tratado e aproveitado, deixando de contaminar o meio ambiente e gerando mais empregos e desenvolvimento econômico para o país. Para tanto, o apoio de personalidades formadoras de opinião e engajadas nas questões ambientais cresce de importância.