terça-feira, 29 de novembro de 2011

MEN OF THE YEAR :: GQ BRAZIL.

A revista GQ elegeu os Homens do Ano/Brasil edição 2011 em grande festa no Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro e teve como destaques o lutador de UFC Anderson Silva, o ator Selton Mello e o empresário Roberto Medina. A festa, também foi marcada por uma homenagem ao diretor Daniel Filho por sua carreira.

Anderson Silva foi escolhido o esportista do ano pela publicação, e foi o grande destaque na mídia nacional, principalmente nos últimos meses, que destacou o fato de ele ter sido o grande nome do recente evento de vale-tudo realizado na capital fluminense. Selton Mello, responsável pelo aclamado filme O Palhaço, e semanalmente nas telinhas com a série A Mulher Invisível, na categoria de melhor ator.

O idealizador do Rock in Rio, o empresário Roberto Medina, foi reconhecido como Empreendedor do Ano. De acordo com a GQ, o megafestival, que teve, cerca de 700 mil ingressos vendidos em seus sete dias de programação, gerou dez mil empregos diretos e indiretos na cidade, além de um impacto de R$ 800 milhões na economia do Rio de Janeiro.

Pela primeira vez, a GQ incluiu uma mulher entre os premiados. Ainda em alta mesmo passados mais de 15 anos de carreira, a modelo Isabeli Fontana foi a escolhida, por "demonstrar ousadia e versatilidade na medida".

                                Anderson Silva, eleito Atleta do Ano pela QG

                                Daniel Filho chegando na festa no Copacabana Palace.

                       Diana do ultimo Big Brother Brasil compareceu à festa da GQ.

                                O cantor Erasmo Carlos, prestigiou o evento.

                                        O ator Sergio Marone foi conferir a premiação.

Isabelli Fontana foi escolhida a Mulher do Ano pela revista, inovando com a inclusão de uma mulher na premiação pela primeira vez.

Confira todos os vencedores do prêmio Men of the Year da GQ
Ator do Ano
Selton Mello
Esportista do Ano
Anderson Silva
Músico
Marcelo Jeneci
Empresário
Roberto Medina
Político
Eduardo Paes
Chef do Ano
Alex Atala
Moda Internacional
Francisco Costa
Moda Nacional
Pedro Lourenço
Mais Elengante
Tuffi Dudez
Prêmio Responsabilidade Ambiental
José Batista Afonso, da Comissão Pastoral da Terra
Categoria Arte
Rick Muniz - pelo documentário Lixo Extraordinário
Revelação
Fernando Grostein - pelo documentário Quebrado o Tabu
Mulher do Ano
Isabeli Fontana

Fotos: Roberto Filho.

OPERAÇÃO PRESENTE :: ARTHUR CHRISTMAS.

A garotada e os adultos aplaudiram com entusiasmo, o novo filme OPERAÇÃO PRESENTE/ARTHUR CHRISTMAS, em concorrida pré-estréia organizada por Wanessa Tavares, executiva de contas da Sony Pictures da Espaço Z para o Nordeste do Brasil, onde foram recebidos com muita pipoca e Pepsi-Cola, no cine do Shopping Tacaruna no Complexo de Salgadinho no Recife, a bela capital de Pernambuco.
O filme é muito divertido e educativo, pois mostra vários países com diferentes culturas, numa maravilhosa viagem cheia de aventuras. Um dos convidados foi o aluno do Colégio Santa Maria, Ian Viktor Freire de Souza Buterin.

                      Ian Viktor na pré-estréia do Operação Presente/Arthur Christmas

Arthur Noel, o menino do filme da Sony Pectures, que promete ser um grande sucesso das férias escolares.

FESTIVAL DE CULTURA JUDAICA NO RECIFE-BRASIL

Neste sábado na Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo, teremos o XX Festival de Cultura Judaica com mini cursos, oficinas de dança, exibição de filmes, e muita comida gostosa. Tem até curso de Introdução ao hebraico. Venha participar desta grande festa.

Programção do domingo:

15 horas: Dra Tania Kaufman, “A Memória Judaica no Museu Sinagoga Kahal Zur Israel”;
17 horas: Dr José Luiz Mota Menezes, “Presença holandesa no Nordeste e os judeus”.
Local das palestras: Auditório do Ministério da Cultura na Rua do Bom Jesus.



                                Rua do Bom Jesus no Recife Antigo.

Rua do Bom Jesus no Recife, onde foi construída a primeira Sinagoga das Américas entre 1636 à 1654. E de onde partiram para fundar a cidade de New York.
 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DESIGNERS CÉLEBRES DO RECIFE :: MOSTRA de ARTE no ATELIER de ISNALDO REIS :: 17/12 : BOA VIAGEM - RECIFE - BRASIL.

Célebres designers se reúnem pela primeira vez no Recife.

Alex Mont´Elberto, Isnaldo Reis, Prazeres Accioly e Thina Cunha em apresentação única.

Pela primeira vez no Recife, respeitados designers gabaritados na cena arquitetônica, de moda e arte se reunem em apresentação exclusiva no Recife, até 17 de dezembro.

Arte, Decoração e Moda serão o foco deste evento que promete congregar os arquitetos mais badalados da cidade, sendo aberto também ao grande público.

O local escolhido para abrigar a exposição é atelier de Isnaldo Reis que, em novo endereço em Boa Viagem, promete recepcionar em clima bem agradável em frente ao Hiper Bompreço, ao lado do Shopping Recife.

Uma ótima oportunidade para comprar as lembranças de Natal.

 Os designers, já bem conhecidos do público amante da proposta conceito, apresentarão novidades e peças exclusivas para a ocasião. A política ecologicamente correta será mantida nos trabalhos, como marca que simboliza a união do grupo, com matérias primas em reuso e desperdício zero com o aproveitamento das sobras para a confecção de peças menores. 

O agradável coquetel de abertura, contou com figuras da sociedade e das artes, num final de tarde que seguiu animado até onze da noite do dia 17 de novembro. Segue galeria de fotos de Ariella Dias.

Isnaldo Reis, Araripe Serpa e Simone Cavalcanti.

Edgar Ulisses, Thina Cunha, Betânia Caneca e Pedro Oliveira.

Os acessórios femininos de Thina Cunha, causam o maior sucesso.

O livro de assinaturas registrando grandes nomes.

Prazeres Accioly e o sucesso de suas bolsas.

Isnaldo Reis, Prazeres accioly, Thina Cunha e Alex Mont'Elbert.

Belíssima luminária em PVC de Isnaldo Reis.

Peças em madeira e ferro de Alex Mont'Elbert.

A linda escultura "Mãe e filha" de Thina Cunha.

Elaboradas no tear de Prazeres Accioly.

Luminária oriental de Isnaldo Reis.

Bolsas de Prazeres Accioly.

Escultura de Thina Cunha.

      Cadeira dobrável em alumínio de Alex Mon'Elbert e ao fundo peças de Isnaldo Reis.

ALEX MONT''ELBERT- escultor por vocação desde 1978, diplomou-se em design, em 1982, tendo recebido várias premiações e participado de diversas exposições nacionais e internacionais, como a respeitada Bienal Internacional de Design, que ocorreu em St Éttiene, na França.
Tendo o alumínio fundido como principal material característico de suas peças, Alex é referência na linha de cadeiras e mesas contemporâneas, presente em diversos projetos renomados, como restaurantes cinco estrelas. A linha Innatura amplia o leque de suas criações, traduzindo as formas plásticas junto aos resíduos naturais como a madeira do coqueiro. Sem deixar de lado os utensílios decorativos e acessórios para a casa.

ISNALDO REIS – arquiteto de formação com assinaturas em projetos representativos no Estado, inclusive em obras públicas, sua atuação como designer acontece desde 2004, desenvolvendo artigos para decoração como luminárias, esculturas, objetos e utilitários, abrangendo a moda com braceletes, pulseiras, colares e anéis, além de efeitos exclusivos para a aplicação em outras peças, como bolsas, etc. Todos com a “marca registrada” do PVC, sendo a matéria prima eleita.
Com exportação fixa, o trabalho é ampliado para comunidades carentes com a criação do programa Primeiro Emprego, sendo uma das quatro empresas ganhadoras do TOP 100 – Prêmio do SEBRAE (2009).

PRAZERES ACCIOLY – arquiteta de formação, seu nome foi um dos quatro nomes escolhidos para representar Pernambuco na ultima edição da Bienal Brasileira de Design. Focada na moda e artigos para a casa, seu trabalho tem como diferencial além do design particular, o uso do tear como instrumento para traduzir a atualidade.
Elementos sofisticados como fio de seda e couro junto aos rústicos e em reuso, como a palha, o fio de cobre e a piaçava estão em bolsas, pulseiras, cintos, almofadas, caminho de mesa e uma infinidade. Destaques em revistas especializadas do país, como Elle e a Marie Claire, entre outras. Seu nome também foi reverenciado por grandes marcas e estilistas, como: Braccialini (Itália); Uncle K; Arezzo; e Melk Zda entre outros.

THINA CUNHA – artista plástica inquieta, permeia pelas telas e esculturas como quem caminha num jardim sem medo de ser feliz. Seu nome está na relação dos principais do Estado de Pernambuco, na cena artística. Como grande novidade, a moda passa a ser um novo percurso a ser explorado com brincos e acessórios bem originais, fora de padrões estéticos, apresentando o Design realmente com letra maiúscula, podendo até serem confundidos com a Arte Contemporânea.
Com 20 anos de estrada, tendo a resina e o fio de alumínio intercalados com variados elementos do cotidiano, seu trabalho vive hoje e apresentará a sua fase mais calórica, com cores quentes num universo bem alegre super apropriado para a alta temperatura da estação.  


Local: Rua Faustino Porto, 537. Boa Viagem
Info: 81-33023108.
Visitação das 9h as 19h de segunda à sexta e das 9h à s13h aos sábados.

Fotos: Betânia Caneca

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MIAMI SOLO 2011 :: ALÊ JORDÃO :: BRAND GENERATION.

O artista plástico brasileiro ALÊ JORDÃO, expõe a obra BOKA LOKA de sua série BRAND GENERATION, em Wynwoody Midtowm, em Miami-Flórida, sob a curadoria de Bia Duarte, da B Licenças Poéticas. A exposição acontece do dia 30 de novembro à 4 de dezembro, mesmo período que a ART BASEL MIAMI.


 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

INSTITUTO MIGUEL ARRAES::OPERAÇÃO CONDOR



Comissão Nacional da Verdade e a Operação Condor
Necessidade de Investigação

1 – Como cidadão brasileiro, advogado militante e presidente do Instituto Miguel Arraes, protocolarei uma representação perante a Comissão Nacional da Verdade assim que efetivamente instalada, cuja lei criadora foi objeto de sanção presidencial recentemente, para investigar, esclarecer e tornar públicas as graves violações de direitos humanos cometidas pela chamada Operação Condor, no Brasil, que teria eliminado líderes e militantes políticos, dentre eles, possivelmente, João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda, entre outros.
2 – Tal representação é instruída com importante depoimento de Miguel Arraes perante a Comissão do Congresso Nacional que investigou as circunstâncias da morte do presidente João Goulart, à época presidida pelo Deputado Federal Miro Teixeira, depoimento que confirmou a existência de tal operação repressora e da qual Arraes foi quase vítima.
3 – Na referida representação, junto outras provas, peço para convocar depoimentos, requeiro diligências, peço para serem requeridos, dentre outros documentos, as conclusões das Comissões Especiais perante o Congresso Brasileiro que investigaram as mortes de João Goulart e Juscelino Kubitschek, como também que se oficie e requisite documentos aos governos do Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai acerca das conclusões e evidências da Operação Condor também naqueles países, onde igualmente funcionaram
  
Comissões da Verdade. Pedirei informações às Justiças da Itália, Espanha, Argentina e Chile.

4 – É uma forma de colaborar e dar foco a Comissão Nacional da Verdade para apurar uma das operações mais relevantes da história recente da América Latina, a chamada Operação Condor, que demonstrará que, em um certo período da história, existiu a interligação de aparelhos repressores em países latino-americanos.
5 – Será criado um site em espanhol e português chamado Observatório Operação Condor pelo Instituto Miguel Arraes – IMA, onde a América Latina poderá trocar informações sobre a referida operação.
6 – Darei conhecimento da representação à alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, a indiana Navi Pillay, que pediu “adotar medidas adicionais que facilitem a punição daqueles que foram responsáveis pela violação de direitos humanos no passado”. Tal comissária defendeu: “Tais medidas devem incluir a aprovação de uma nova legislação para revogar a Lei da Anistia ou declará-la inaplicável, pois impede a investigação e o fim da impunidade de graves violações dos direitos humanos”.
7 - O Brasil é signatário de acordo da Corte Internacional de Direitos Humanos, vinculada à OEA, que considera crimes contra os direitos humanos como crimes contra a humanidade e estes são imprescritíveis. Também não aceita a chamada autoanistia, no qual o regime ditatorial perdoou atos dos seus agentes, sendo a Lei de Anistia de 1979, ainda no regime militar, inaceitável nesse aspecto.
8 - Darei conhecimento, também, ao Procurador Geral da República para que tome as providências cabíveis e enviarei uma carta aos membros do Congresso Nacional com a cópia da representação e defendendo a revisão da Lei da Anistia. Pedirei a colaboração de diversas entidades de direitos humanos e a OAB - Brasil. Não é revanchismo. É um direito democrático e de Justiça.
9 – Não podemos cair no pecado da omissão nesse momento histórico. A verdade há de aparecer e prevalecer. Um país não pode desconhecer ou renunciar a sua história.

Instituto Miguel Arraes - IMA
Antônio Ricardo Accioly Campos -Presidente
OAB-PE 12.310
21/11/2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

MARTHIN LUTHER KING

“O que me preocupa, não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter ou dos sem ética… o que me preocupa é o silêncio dos bons.”

                                Marthin Luther King.

"What worries me, is not the cry of the corrupt, the violent, the dishonest, spineless or of unethical ... what worries me is the silence of the good."

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Help Stop the destruction of the AMAZON.


                                         Assine e divulgue, é urgente!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FERNANDO FERREIRA DE ARAÚJO::NA LISTA DOS 100 BRASILEIROS MAIS INFLUENTES DE NOVA IORQUE.

O Artista Plástico pernambucano Fernando Ferreira de Araújo, atualmente residindo em São Paulo, prepara-se para mais uma mostra individual. Desta vez será no MAC - Museu de Arte contemporânea - Olinda PE. A abertura está prevista para Março de 2012. A exemplo da exposição individual "Humanscapes", no Centro Cultural Correios Recife - outubro-novembro 2010 - esta exposição terá como base a sua marca pessoal no processo de desconstrução ante a percepção das formas, proporcionando elementos em busca do autoconhecimento e caminhos estéticos. Cada ângulo abre uma nova dimensão para o olhar e questionamentos plásticos com fortes intervenções pictóricas com pastas de tintas intensas nos seus movimentos gestuais. Falar do seu trabalho sem pensar no próprio artista, e na sua trajetória, fica difícil para mim, pois tenho o privilégio de também conhecer a alma do artista, de poder mergulhar na sua obra e tornar esta viagem ainda mais fascinante.

Centro Cultural Correios
Toda vez que vou a São Paulo é um prazer especial encontrá-lo e desta vez ele não escapou de me dar uma breve entrevista. Observando a sua obra me deparo involuntariamente à contemplação da sua linguagem escultórica, que me leva a questionamentos internos, uma viagem ao inconsciente que interfere diretamente no meu consciente. Isto é de fato o reflexo da sua forte essência expressionista. A sua obra leva o observador a responder de forma livre às suas próprias indagações e questionamentos sobre a perspectiva da obra.  

Eu visitando Fernando em SP
Apesar de falar pouco sobre as suas conquistas e manter uma aura reclusa, Fernando é um artista metropolitano que viveu por quase oito anos em Nova Iorque e aonde mantém seu nome no cenário internacional com várias mostras nos EUA, Europa e Brasil. 


Em 2010 teve seu nome listado entre os 100 brasileiros mais influentes de Nova Iorque, em edição especial da Vogue em parceria com a BrazilFoundation, ao lado de nomes como Bebel Gilberto, Gisele Bundchen, Carlos Miele, Fernanda Motta, Francisco Costa (Calvin Klein), Leona Forman e Vik Muniz. 

Lendo alguns textos de alguns críticos de arte, sobre a sua obra, tomei aqui a liberdade de reproduzir dois seguimentos.  Fernando responde aqui também algumas perguntas de forma descontraída e transparente, ao mesmo tempo em que apresento obras de várias épocas e fases da sua carreira. Em todas, independente do tema, reconhecemos nitidametne a caligrafia gestual do artista.

 "A obra de Fernando Ferreira de Araújo ressalta a forma poética de creditar características humanas, como emoções, sentimentos e sensações, a objetos inanimados e a própria natureza. As séries de Ferreira de Araújo são tanto evocativas como inspiradas nas experiências vividas na sua terra natal, Brasil, e ao mesmo tempo carregadas da energia e vivência como artista prolífico e contemporâneo em Nova Iorque. As suas pinceladas soltas captam e capturam as mudanças do mundo natural no seu interior, levando a uma reflexão quase que psicológica da sua obra. Construindo, destruindo e reconstruindo através de cores, sombras e tonalidades, as formas se mexem, migram e se misturam numa enorme massa, onde a luz é ao mesmo tempo refletida e refratada, dando vida a uma atmosfera sóbria e sensual. Através do seu traço gestual e marcante e, de um "bleeding" e "dripping" peculiar, percebe-se uma constante evolução na sua obra que nos leva a desenvolver uma relação própria onde a imaginação é mais do que nunca livre para criar uma leitura subjetiva do tema associado à imagem. Com uma linguagem e definição madura,  suas pinceladas ágeis, gestuais - expressionistas -  buscam uma abstração pictórica, sem sair da objetividade do tema,   mostrando uma trajetória sólida e consistente. Fernando busca não se associar a rótulos ou movimentos, no entanto, ao observar suas obras fica difícil não perceber a  forte característica do Expressionismo Abstrato Americano”

Hallie Cohen  - Chair, Art Department, Marymount Manhattan College, and 
Curator of The Philoctetes Center New York, NY  
Obra da Serie "Humanscapes"
"A pintura de Fernando Ferreira de Araujo não é feita apenas para gratificar a retina, mas principalmente para plasmar a alma poética da urbe, onde estão seus personagens pintados como retratos derramados, corações grafitados, verbos, setas e sinais garatujados num guardanapo de botequim, manchas de mofo na parede, ruínas e solidão.Observando o conjunto da obra, na maioria em grandes dimensões, sentimos uma profunda influência das raízes do inconsciente e uma intensa reflexão da condição humana. Encontramos em suas obras  traços densos e esculturais que remetem o espectador a uma análise mais próxima da matéria pictórica e da concepção orgânica e visceral do pintor sobre o seu trabalho." 

Raul Córdula
Membro da ABCA - Associação Brasileira de Criticos de Arte
Obras da Serie "Humanscapes"



BETÂNIA CANECA PERGUNTA:

BC: Quando você começou a pintar? 

FFA: Informalmente pinto desde o final dos anos 80 quando fui selecionado pelo Salão de Novos do Museu do Estado de Pernambuco em 89. Mas a pintura sempre esteve perto de mim. Aos 14 anos tive minha primeira aula e curso de arte com o mestre Pierre Chalita, quando ainda morava em Maceió. Além da influência do meu irmão mais velho que era um excelente pintor. 
 
Obras da Serie "Caterpillar".
 


BC: Mas quando foi que você assumiu a pintura de forma profissional? 

FFA: Tudo tomou outro rumo por volta de 2001-2002. Doze anos depois. Precisei sair do meu eixo, do meu mundo para recomeçar de onde havia parado. Tornei-me membro do The Art Student League of New York e em 2003 me mudei para Nova Iorque onde tive muita sorte, conheci pessoas certas nas hora certa. Comecei a dar importância aos sinais.

Obra da Serie "Caterpillar"
BC: Como assim aos sinais? 

FFA: Sim, sinais. Pois acho que a vida nos mostra constantemente sinais e cabe a nós reconhecê-los, e depois segui-los ou não. Lembro que tive vários sinais nos anos 80 e, apesar de reconhecer alguns, não segui nenhum. Mas me marcaram.

Obras da Serie "Crossroad"
BC: Você poderia citar alguns exemplos? 

FFA: Claro. O próprio Salão do Museu do Estado do qual fui selecionado mostrava que tinha uma trajetória a seguir. Na verdade fui praticamente empurrado na competição pelo saudoso amigo e grande artista Crisaldo Moraes. Crisaldo foi um grande incentivador, sempre olhava a minha pintura de forma parecer estar contemplando o desconhecido para depois se encontrar. Cheguei a expor na galeria dele em 89 numa coletiva e em São Paulo, através dele, numa coletiva também na Paulo Figueiredo em 90.
Mas voltando aos sinais... Não encarava nada disto como dicas que  poderia traçar o meu caminho. Nem mesmo quando ouvi alguns anos depois de Marcontonio uma frase que me marcou. Lembro dele olhando para um quadro meu, que dois amigos me forçaram a mostrar, e dizendo: “Quando um dia você souber do que você é capaz, e principalmente quem você de fato é quero que me procure, pois nenhuma galeria, ou art dealer irá destinar um minuto do seu tempo se você não enxerga em si o seu potencial, nem mesmo que o mundo inteiro enxergue”. Em Nova Iorque ouvia muitas coisas semelhantes, as pessoas do ramo precisavam ver consistência, perseverança. Repetição, reinvenção do mesmo tema sobre si próprio. Isto é ser profissional, mesmo que no início não se viva da arte. Tive um contrato de trabalho em Nova Iorque como Project Manager em uma firma de Interior Design. Isto foi também outro sinal, o proprietário da firma é um artista com um potencial enorme, um dos melhores, mas não se permite mergulhar  neste universo. Via frustração nele. Igual a mim quando tive por 10 anos minha fábrica e lojas de roupas. Via-me nele, e mesmo trabalhando 8 horas por dia,  até equando foi necessário, não me permiti não buscar as oportunidades em NY. Sou muito grato por esta chance, me vi de fora, longe do meio eixo. E refletir sobre estes sinais. 

Obra da Serie "Sugarcane Fields"

BB: Como foi a sua volta ao Brasil? 

FFA: O mundo das artes aqui é muito diferente. Em Nova Iorque as coisas acontecem bem mais rápidas, e o universo é enorme, por isto a sensação de estarmos sempre começando é grande. Aqui as coisas são mais lentas, mas se tem uma noção mais nítida de uma trajetória a seguir, exatamente por ser um universo menor, mais fácil de entender como tudo começa e termina. Financeiramente falando não se pode comparar, não posso reclamar das oportunidades que tenho aqui, do mercado que venho conquistando, mas não resta dúvidas que as vendas lá fora ainda são bem mais representativas.  

Obra da Serie "Sugarcane Fields"
 BB: Você tem galerias lhe representando aqui e fora?  

FFA: Sim, nos EU tenho três que me representam, duas em NY e uma em Stamford, CT. Aqui no Brasil tenho em Recife a Galeria Uffici e em São Paulo a Mônica Filgueiras e Eduardo Machado Galeria. A união de forças de Eduardo e Mônica veio agregar muito ao mercado de arte como um todo. Mônica despensa qualquer apresentação, na verdade a figura dela se confunde com o próprio mercado de arte brasileira. Um ícone eu diria. Eduardo por sua vez, volta ao seu elemento natural, as artes. Onde já teve galeria anos atrás. Passou 25 anos como diretor da Artefacto e hoje se dedica mais as artes, apesar de franqueado da Artefacto Recife. Uma pessoa que conhece o mercado atual como ninguém. Ou seja, um casamento perfeito.

Obra da Serie "Sugarcane Fields"
BC: Como se encontra o mercado de arte hoje para a pintura?
FFA: Eu diria que a retomada da pintura é uma fato concreto. Até pouco tempo a pintura, dita retiniana, era vista de forma diminuta por quem se achava no direito ou dever de ditar as regras. Mas como diz o ditado: "Pode-se se enganar por muito tempo mas jamais por todo tempo" a pintura passa a retomar o seu verdadeiro papel.

Obra da Serie "Sugarcane Fields" - Acervo do MAC

BC: O que você diria para quem está começando? 

FFA: Que a persistência é fundamental na busca da identidade e caligrafia pessoal do artista. Que não se deixe abater por não viver da arte no início. É para isto que existe empregos que pagam as contas, para poder ser livre algumas horas e viver para poder pintar, ao invés de ser escravo da pintura e ter que pintar para viver.

Retrospectiva dos Irmãos Campana em São Paulo

Com uma trajetória sólida e ascendente, os irmãos, Fernando e Humberto Campana estrearam no dis 5 deste mês, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo, a exposição Anticorpos – Fernando & Humberto Campana 1989-2009 que faz uma retrospectiva com os trabalhos mais irreverentes dos designers brasileiros. A mostra não é cronológica e é dividida de acordo com os conceitos e materiais utilizados pela dupla. O total de 120 peças inclui a famosa poltrona Vermelha de 1993, adquirida pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) em Nova York. Com curadoria de Mathias Schwartz-Clauss, do museu alemão Vitra Design, a exposição estará no CCBB em São Paulo até o dia 15 de janeiro, quando seguirá para o Rio de Janeiro.

Observando os trabalhos dos irmãos Campanas, percebe-se que a fórmula do sucesso foi na verdade a contra-mão dos que muitos pensavam ser a própria fórmula. Ou seja, num mercado de design , onde muitas vezes a tendência influencia a criação, eles se permitiram à blindgaem de qualquer forma de influência externa, obedecendo apenas aos seus instintos e impulsos. O ponta pé incial nesta trilha ao sucesso, se deu na exposição em 1989 chamada "Desconfortáveis", onde cadeiras de aço e ferro eram vazadas com a  força do maçarico. De lá pra cá as atenções ficaram voltadas à nova dupla de designers, até o grande salto que se deu com a mostra Project 66, no MoMa, Museu de Arte Moderna de Nova York. Premiados no exterior, eles têm coleções permanentes em museus e mostras individuais nos Estados Unidos e na Europa. Agora, experimentam novas atividades, como a cenografia e o paisagismo, e fazem escola.“Estamos formando designers com a mesma filosofia e o traço do inconformismo”, afirma Humberto.

Cadeira Banquete, 2002

Papel Sofa, 1993
Vermelha, 1993 (MoMA)