Sérgio Pedro Corrêa de Britto nasceu no Rio de Janeiro em 29 de junho de 1923 e faleceu hoje, 17 de dezembro de 2011. Foi um consagrado ator, diretor, apresentador e roteirista de cinema, televisão e teatro brasileiro.
Considerado um dos maiores atores do país, Sérgio Britto foi responsável pela direção de
Ilusões Perdidas, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo. Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou.
Sergio Britto e sua Cocker Spaniel Sophia, em Santa Teresa no Rio de Janeiro.
Ítalo Rossi, Fernanda Montenegro e Sergio Britto.
O grande Sergio Britto, deixa muita saudade...
Filho de Lauro e Alzira, seu pai era funcionário público e sua mãe, dona de casa. Sérgio vivia com eles e o irmão, Hélio. Uma típica família da Vila Isabel daquela época: todos religiosos, tradicionais e conservadores.
A idéia de ser ator não passava por sua cabeça, tanto é que chegou a cursar até o sexto ano de medicina, na Faculdade da Praia Vermelha. Mas foi no teatro universitário amador, fazendo o papel de Benvoglio em Romeu e Julieta, que Sérgio descobriu que o teatro seria sua vida. No ano de 1945 abandonou a medicina para se dedicar à sua paixão.
Sérgio foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de dez anos. Com elenco no qual se destacam Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Natália Thimberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Claudio Cavalcanti, o teleteatro apresentou sob o seu comando, repertório de mais de 450 peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros. Depois de seis anos na extinta TV Tupi,
o Grande Teatro transfere-se, para a TV Rio e depois, por seis meses, para a TV Globo– um programa formador de plateia, referência na história da televisão e do teatro brasileiro. Na carreira teatral, mais de 90 espetáculos representados.
Em 1953, participa do primeiro elenco profissional do Teatro de Arena atuando em
Esta Noite é Nossa, de Stafford Dickens, direção de José Renato; e dirigindo
Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena.
Ainda na década de 1950, fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia
(TBC), em que atua em
A Casa de Chá do Luar de Agosto,
Rua São Luís, 27 - 8º Andar e
Um Panorama Visto da Ponte, sua última incursão no grupo.
Em 1959, formou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Sete, com Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no
Teatro Municipal do Rio de Janeiro a histórica montagem de
O Mambembe, de Artur Azevedo.
Em 1965
, juntamente com Libero Miguel,
dirigiu a primeira novela da Rede Globo, Ilusões Perdidas.
Em 1978, fundou o
Teatro dos 4 na Gávea, como sempre com sua mania de números. E os quatro, na verdade eram três: Sergio Britto, Paulo Mamede e Mimina Roved. Durante quinze anos produziram dezessete espetáculos de teatro da maior importância, entre os quais:
Os viciados;
Assim é se lhe parece;
Tio Vânia;
O jardim das cerejeiras, e muitas outras..
Com o ator pernambucano Bruno Garcia.
Com o cineasta Walter Salles.
Em 1982 , juntamente com fonoaudióloga Glorinha Beutenmuller, ajuda fundar a CAL (
Casa de Arte das Laranjeiras), que hoje é considerada uma das escolas mais conceituadas na preparação do ator no Brasil.
Em 2003, com a direção de Domingos de Oliveira estreou
Sergio 80, um espetáculo-solo que falava sobre as suas experiências em seus 80 anos de vida.
Em 2008, interpreta Dom Pedro II. no especial da
Rede Globo: O Natal do Menino Imperador.
Escrito por Péricles de Barros, com direção geral de Denise Saraceni. No mesmo ano, com a peça
A última gravação de Krapp e Ato sem palavras I de Samuel Beckett, ganhou o prêmio "Faz Diferença", do
Jornal O GLOBO como Personalidade do teatro.
Em 2009, ganhou o Prêmio Shell de melhor ator, por
A última gravação de Krapp e Ato sem palavras I.
Apresentou o programa semanal
Arte com Sérgio Britto, na TV Brasil.
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011 aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro, devido a problemas cardiorrespiratórios.
Sergio Britto.
Com Suely Franco.